A Jornada do Mago

Autor: Izabel Cristina Heberle

Psicoterapeuta Reencarnacionista, Coach, Escritora, Mestre em Reiki e Terapeuta Holística

Ao chegar a este ponto, com o passar do tempo vamos nos “acostumando” com novas rotinas escolhidas ou não, talvez impostas pelas necessidades, talvez buscadas como fuga ou desculpas para protelar o que mudou de roupagem mas continua incomodando.

Agora vamos mergulhar um pouco em uma viagem no tempo, onde a honra, a autoridade moral e os exemplos de sabedoria eram levados mais a sério, onde havia guerreiros, anciãos, reis, sábios e cada um compreendia o seu valor. Onde o conhecimento era real e não superficial, em que inclusive era motivo de sobrevivência.

Por que a jornada do mago?

Porque é onde começa a caminhada, antes de nos tornarmos magos somos aprendizes, e o que nos diferencia não é como chegamos ao final, e sim o que aprendemos durante a jornada, o que o caminho nos ensinou.

Antes mesmo de sermos aprendizes somos aspirantes a aprendiz, pois há o momento da decisão, o que quero me tornar? São tantas as oportunidades que não visualizo todas e reduzo a uma ou outra. A tendência é escolher o caminho mais fácil de caminhar, com asfalto de preferência, onde não machuque meus pés. Porém, nem sempre é uma escolha sábia, pois o que é muito fácil e parece mais rápido nem sempre é o mais consistente.

Acaba-se ficando em algum momento superficial e parece que já se chegou ao final. Não há estímulos, tudo fácil, pouco esforço.

Para alcançar algo que se deseja precisa de esforço?

Chame como quiser, mas sempre precisará de um impulso, algo que motive e mostre valor.

O caminho acidentado, na maioria das vezes, vai manter você alerta a tudo que o cerca, vai exigir que aprenda sempre algo novo, vai desafiá-lo, e dessa forma vamos descobrindo que temos habilidades e que somos muito capazes de alcançar novos patamares com sabedoria, e também isso nos ajudará a perceber o valor da conquista.

Quando o aspirante decide sair da posição de aspirante para se tornar aprendiz, ele vai em busca de um mestre, pode ser alguém de carne e osso, assim como o mestre pode ser o conhecimento. Porém, para ter acesso ao conhecimento, o aprendiz tem que ter acesso e informações de como e onde buscar.

 A tendência é, na maioria das vezes, seguir pessoas, e fazemos isso o tempo todo, não há nada de errado nisso, a menos que você só se concentre somente em seguir.

A jornada do aprendiz é que vai ensinando o quanto ele também pode oferecer, e ensina que você alterna os papéis, por vezes você é um aprendiz seguidor, por vezes você é o mago sendo seguido. Faz sentido isso para você?

Como seria olhar esse ensinamento como algo a se pensar?

Quantas vezes você se sentiu um aprendiz e quantas vezes se deu conta de que estava no papel de mago?

O mago aqui é aquele que está consciente do seu papel, consciente do seu tempo, de seu conhecimento, das suas conquistas, que ele consegue aprender e ensinar o tempo todo, quando observa e percebe que pode mudar e aprender ainda mais, quando pacifica sua alma e consegue descansar sem se atormentar.

O verdadeiro papel do mago é justamente ensinar que este não é um cargo, que não é imutável, que se alterna na medida exata da necessidade, é aquele que sempre está disposto a aprender, para ter novas experiências para compartilhar.

O verdadeiro mago aprende a falar sobre o caminho e o que aprendeu durante a caminhada, transforma os aprendizados em histórias que fascinam as gerações futuras, não precisa haver dragões ou feiticeiros, reis ou exércitos, porém há a vitória da luz sobre as sombras, sobre suas próprias sombras.

A jornada ensina como conquistar, e os desafios lapidam a paciência, ensinam a construir as pontes certas, ajudam a moldar e refinar a nossa capacidade de resiliência e, acima de tudo, ajudam a certificar a sua competência sem precisar da aprovação externa. São passos vacilantes no início da jornada que se tornam passos seguros no decorrer do caminho, não digo passos seguros no final do caminho, pois sabemos que não há um final, há uma mudança de forma, e enquanto estivermos caminhando por aqui sempre haverá novos começos, novas experiências e não finais.

Obs: Compartilho com vocês acima um trecho do meu novo livro.

Paz e Luz!