Como seria “Se”

Autor: Izabel Cristina Heberle

Psicoterapeuta Reencarnacionista, Coach, Escritora e Terapeuta Holística.

Como seria se acreditássemos que podemos fazer mais por nós mesmos e que todas as crenças às quais estamos presos pudessem ser ressignificadas?

Criamos a cada momento o nosso futuro e ele não depende do que os outros farão por nós, não depende da herança que um dia vamos receber, não depende do quanto os outros estão dispostos a nos compreender ou nos auxiliar, o nosso futuro depende apenas das nossas escolhas no presente.

Depende do quanto estamos dispostos a trabalhar as nossas carências, as nossas crenças, as nossas dificuldades de nos relacionar com os outros, a nossa afetividade, o quanto estamos dispostos a mergulhar em nossas próprias sombras, pois só dependemos de nós mesmos, nada tem a ver com os outros e, sim, tudo tem a ver conosco mesmos.

Somos os autores e cocriadores da nossa existência, os únicos capazes de escolher o que nos faz bem, o que nos coloca em contato com a Divina Presença que habita em cada um de nós.

Somos nosso presente e somos nosso futuro, temos as rédeas para criar a jornada necessária, para abrir caminhos, construir pontes, derrubar muros e nos conectar verdadeiramente com as pessoas importantes para nossa vida.

Faz-se necessário remover o véu da ilusão que nos deixa à margem de muitas coisas ainda incompreendidas, a ilusão que nos leva à intolerância, a decisões vazias e sem sentido, a complicadas relações em que o controle e o apego ainda funcionam como algemas, fazendo prisioneiros emocionais, dependentes e carentes de um gesto de amor verdadeiro, aquele amor que dá liberdade e aconchego às emoções que buscam a serenidade de um abraço desinteressado.

Como seria “se” encontrássemos as verdadeiras palavras, aquelas que fariam toda a diferença em um diálogo sem preconceitos, aberto e sincero?

Como seria “se” o nosso olhar não visse a crítica e sim a necessidade de auxiliar e fazer parte de forma completa do dia a dia de todos os que nos rodeiam, dos atores que junto conosco caminhassem, sentindo-se úteis, acolhidos, valorizados, com a autoestima elevada? Isso deveria ser normal e não a depressão e a tristeza que assolam centenas de pessoas a nossa volta.

A alegria deveria dar o tom do dia e não a preocupação, não deveríamos nos preocupar com o excesso ou com a falta e sim com a harmonia e com o equilíbrio, tão escassos ultimamente.

Como seria “se” despertássemos para a confiança, acordássemos para os valores, e praticássemos o diálogo sincero, olhando nos olhos, dando a real importância àquele momento e a quem estaria a nossa frente, valorizando aquele Ser pelo que ele é, sem falsas cortesias ou frases dissimuladas, apenas dando a ele o que realmente tem valor e é a única coisa que realmente podemos dar porque é nosso?

Como seria dar o seu tempo com qualidade?