Um Animal de Estimação e Um Idoso: A Melhor Parceria

Autor: Cristina Schonwald de Oliveira

Gestora de Assuntos para Terceira Idade

Quanta alegria recebemos quando estamos desfrutando da companhia de um cão. Sorrimos, brincamos, cuidamos, nos preocupamos, amamos e somos amados, sem cobranças, sem exigências. Ensinamentos é que não faltam nos momentos em que estamos participando da convivência dessa turma canina, e é indiferente qual seja a sua raça e se tem ou não pedigree. Na realidade, o seu animal preferido, seja qual for, é que proporciona esses benefícios.

                Quando possibilitamos ao idoso o convívio com um animal de estimação, seja um cão, um gato ou outro que aprecia, estamos proporcionando o início de uma bela amizade. Essa amizade vai transformar não só a vida desse idoso, como também daqueles que fazem parte de seu círculo familiar ou de interação diária.

                Idosos que estão apáticos ou com depressão são conquistados pela alegria, pelo amor, pela presença fiel e a atenção que recebem do seu pet. Aos poucos, vão saindo de sua apatia e vão interagindo. No início dessa convivência, começam conversando timidamente, e aos poucos sorrisos vão surgindo nos rostos tristonhos ou fechados. Até a rigidez afetiva é quebrada. O sentimento de solidão, muito comum no idoso, é preenchido e modificado no contato com esse mundo dos pets.

                É claro e importante que se deve ter cuidados e controles específicos para que essa relação do animal e do idoso seja segura e saudável. Precisamos observar cuidados com a higiene e um treinamento mínimo de obediência. Cuidar a questão da pele do idoso, pelo fato de ela ser naturalmente mais sensível e principalmente se houver uso de medicação anticoagulante, por exemplo. Deve-se atentamente controlar a questão da segurança do idoso, para que não ocorram quedas advindas da lida com seu pet e principalmente com um cão, que geralmente é mais ativo.

                Atualmente, vemos grupos especializados, profissionais qualificados que levam cães devidamente cuidados e treinados para momentos de convivência com os idosos em lares geriátricos ou até em hospitais. É comprovada a função terapêutica que tem um animal de estimação, sendo importante sua presença para todas as idades.

                O idoso tem em um animal de estimação um amigo com quem conversar e trocar afeto. Um amigo que faz com que ele pare de pensar só em si, nas suas dores, nas suas tristezas, nas suas perdas, para se preocupar com traquinagens, alimentação, se o seu animal preferido está se alimentando e se ele está bem de saúde. Independentemente de o idoso ser ativo ou não, de ele estar doente ou estar cheio de saúde e vigor, ter contato com um pet renova o ânimo e gera vontade de viver.

                Essa parceria com o um animal de estimação é positiva, ela desperta o melhor e, além de despertar o amor e a alegria, tira o idoso da sua acomodação, dá um novo sentido para seus dias.